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Tenha uma Vida de Sucessos, por Ozires Silva

Créditos: Divulgação

Parece ser uma tendência entre nós (brasileiros), de escrever, quase sempre, sobre problemas e comportamentos ligados a fracassos e carregados de críticas, por vezes cobrindo assuntos eminentemente técnicos. Todavia, na medida em que os anos passam, o mundo tem mostrado que as características da vida na sociedade humana é, hoje, diferente do que era há poucos anos.

 

Além das maiores geradoras de empregos e oportunidades, elas surgem em função de significados, de uma “razão de ser” e de “uma razão de existir”. Dito de outra forma, tais significados são os estímulos geradores de ações e de resultados que dão origem a empreendimentos que buscam o sucesso.

 

O que se nota, desde há algumas décadas recentes, é que esses significados estão em mutação. Uma revolução está em curso e muito dela já foi vivido pelas novas gerações, que estão entrando na fase produtiva de suas vidas. Uma análise da nova natureza dos significados tem determinado que as empresas e seus profissionais precisam encontrar um novo rumo, uma nova causa para o trabalho e um novo sentido para a vida. E isso parece ser importante, pois muitos estão compreendendo que a maior recompensa para o trabalho não é o que se recebe, sob a forma de moeda, mas aquilo em que ele nos transforma. Não nos lembramos dos salários que recebemos, mas não nos esquecemos do que realizamos!

 

 

 

Crescentemente temos que atentar que “os problemas não estão mais nas pessoas” e sim “as soluções é que estão nas pessoas”! O nosso problema atual é compreender que esta última colocação altera muita coisa e faz com que aqueles que exercem cargos de chefia precisem levar em conta sobre o “estar bem com a vida” de todos que trabalham sob seu comando. Ou ainda, fazer com que todos ao seu redor se sintam tranquilos e mantenham a certeza que seus desejos ou ambições, mais cedo ou mais tarde, se encontrem com a realidade.

 

Será que isto é tão simples assim? Existiriam pessoas que possam viver nesse plano e com tais pensamentos na cabeça? Pessoas motivadas para mudar seu modo de vida e se disponham a atuar sobre o ambiente aonde estejam e contribuir para que ele melhore e ajude a terceiros?

Em 2004, o Congresso Mundial de Gestão de Recursos Humanos, no Rio de Janeiro, trouxe à tona algo que agora é melhor compreendido e mais praticado: “dar importância ao capital humano!” Sim, simples assim. Num mundo dos humanos dar importância às pessoas!

 

Nos últimos tempos, além dos países tradicionalmente desenvolvidos, os novos emergentes entenderam que dá resultado considerar as pessoas muito importantes em qualquer empreendimento ou comunidade. Experiências comprovam que a chave das sempre buscadas vantagens competitivas para o futuro das empresas e de suas unidades produtivas é a capacidade da liderança criar modelos organizacionais, com base na arquitetura social, que permitam gerar capital intelectual.

 

Claramente, hoje, os especialistas asseguram que um perfil que não inspira confiança é o do tecnocrata, entendido como uma espécie de vulcão que somente expele números. Sim, todos entendem, os números são importantes, mas não se chega a eles sem que as pessoas, irmanadas em objetivos comuns, sejam estimuladas a somar no sentido do êxito coletivo.

 

Vivemos tempos de mudanças. Assim, temos de mudar a forma como vemos os problemas e nossos amigos, parentes e colaboradores. Pode ser uma nova regra… e os que chegarem a esses novos horizontes antes, poderão se distanciar tanto que jamais poderão ser alcançados!

 

Artigo divulgado no jornal A Tribuna em 28 de abril de 2013