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Estratégia Competitiva das Empresas, por Ozires Silva

(Crédito: Divulgação)

Há alguns dias, a APPLE, dos Estados Unidos, lançou uma série de produtos inovadores dentro da sua habitual linha de marketing mundial. Como tem ocorrido, filas imensas de compradores foram formadas e a empresa divulgou que milhões de unidades do que expôs para a venda simplesmente evaporaram dos seus gigantescos estoques.

 

Como isso foi conseguido? Que liderança foi essa que transmitiu para a empresa essa vantagem competitiva, conseguindo vender acima de sua capacidade de produzir e entregar? Quantos seriam os que gostariam de estar nessa posição de ter seus produtos “comprados” e não, simplesmente, “vendidos”! Ou, para sermos mais específicos, ser vitoriosa num mercado altamente competitivo e global!

 

 

Fundada em 1976, a Apple construiu sua reputação no início com computadores pessoais, priorizando a facilidade de uso, embora mais caros do que os dos concorrentes. A inspiração para esta estratégia veio de uma visita dos fundadores da empresa – Steve Jobs e Steven Wozniack – aos laboratórios de pesquisa da Xerox, em 1979. Jobs e Wozniack levaram o conceito para a Apple, que desenvolveu seu próprio computador – o Macintosh. Ao contrário da Microsoft, com seu foco em uma estratégia apenas de software, a Apple manteve-se como um fabricante de computadores de uma linha completa.

 

Lançado no final de 2001, o iPod foi seguido, em 2007, pelo iPhone, telefone móvel, que tinha as mesmas características de design de fácil utilização, tornando-se amplamente disponível. Seguiu-se o Apple Tablet em 2010 – um produto de alto risco, porque, até então, ninguém tinha imaginado algo semelhante.

 

Vale perguntar o porquê algumas nações, grupos sociais, instituições e empresas avançam e prosperam? Respostas, sabemos, existem! Todavia, a constatação é a de que ainda não tem sido possível colocar tudo em fórmulas ou em mecanismos comuns.

 

São muitos os estudos que geraram conceitos de base – consagrados intensamente pelos estudiosos -, os quais se concentram nas chamadas “vantagens competitivas”, que podem ser conseguidas e exercidas pelo setor produtivo, pessoas e países. Aqueles que coletaram e puderam concentrar um maior número dessas vantagens, operando com eficiência e qualidade em nichos de oportunidade e de mercado, chegaram a conquistar uma boa parcela de sonhados e perseguidos sucessos.

 

No entanto, a maior vantagem competitiva de qualquer nação ou organização sem dúvida é o ser humano, educado com qualidade, preparado e motivado. Daí a importante necessidade da educação e do treinamento dos cidadãos e dos povos, em quantidade e em qualidade.

 

No Brasil, temos de mudar. Assim, precisamos criar uma real cooperação da governança do Estado com os governados, compreendendo que o desenvolvimento social e econômico vem da liberdade para empreender e do crescimento do cidadão. O papel reservado para o Estado deve ser o de estimular e garantir as condições operativas para o estabelecimento de uma sociedade eficiente e parceira dos criadores de riqueza.

 

As nações que adotaram as fórmulas da desregulamentação, do crescimento da cidadania, facilitando os investimentos e o corte do tamanho do Estado – atingindo por consequência, a eliminação ou a redução dos déficits públicos -, tiveram sucesso. Infelizmente ainda não fomos capazes de encontrar tais caminhos. No entanto, sejamos otimistas e vamos trabalhar duramente, cada um contribuindo com sua parte – por menor que seja – para que possamos mudar este quadro e ver o Brasil prosperar e crescer, enriquecendo o seu povo.