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As Oportunidades Se Abrem, por Ozires Silva

Créditos: Divulgação

Oportunidade. Uma importante palavra para a escalada na vida, seja na de um jovem, ou na vida de um profissional habilitado! Isto poderia ser resumido pela intensa estratégia de inovar sempre, adotada pelos países vencedores na luta contra a pobreza. A soma ‘inovação + tecnologia’ que, hoje e em grande medida, as empresas brasileiras negociam no exterior, também precisam ser pensadas como insumos nacionais a fim de gerar maior capacidade competitiva, mesmo no nosso mercado doméstico, cada vez mais global e intensamente disputado.

 

 

Claramente as soluções apontam para a educação e o treinamento em alta escala. No ‘The Christian Science Monitor’, foi publicado algo que deveria nos fazer pensar:

 

 

“Enquanto continua a crescer no cenário econômico global, a China passa por uma das mais ambiciosas expansões de educação superior do mundo. Estimulado por um apelo do Governo, no fim dos anos 90, em favor da construção de universidades de padrão internacional e da ampliação do acesso das massas, o país abre as portas de instituições que outrora serviam a uma reduzida elite. A China investe em pesquisas, dá boas-vindas a empreendimentos privados e amplia o currículo para garantir que seus diplomados fiquem por cima numa economia mundial baseada no conhecimento.”

 

 

Os resultados econômicos e sociais que a China está conquistando não são, portanto, obra do acaso, e sim de uma determinação, de uma vontade política e de um planejamento que estão funcionando.

 

 

 

Isso pode ser colocado como uma resposta da Educação no país e sua capacidade de transformar, que é vista em vários países que optaram pela melhor formação dos seus cidadãos. As notícias que nos têm chegado mostram que na Educação novos métodos e processos estão tendo resultados claramente visíveis.

 

 

Usamos o exemplo da China, mas na Coréia do Sul, os resultados colhidos por um sistema educacional bem montado e atingindo a totalidade da população, também mostram diferenças. Basta olhar para certos produtos de consumo, que têm mais visibilidade para os brasileiros em nosso território, para constatar que eles fazem parte de nossas vidas, como automóveis e eletrônicos, com uma competitividade ao nível das nossas importações tradicionais.

 

 

Muitos analistas internacionais se perguntam como isto pôde acontecer ao longo de apenas uma geração. Não deixam de estar presentes nos comentários a competência, a criatividade, a qualidade e a competitividade dos produtos coreanos. E isso não pode ser conseguido, a não ser como uma extensiva habilidade de uma força de trabalho informada e culturalmente avançada.

 

 

Neste ponto da linha de argumentação, sabemos que o nosso país não tem um sistema educacional, salvo algumas exceções, que possa se ombrear com que está acontecendo nos países com os quais nós poderíamos nos equiparar. Já uma nossa pergunta seria o que teríamos de fazer para que nossas aspirações de crescimento e de desenvolvimento econômico, para que o Brasil atinja um nível educacional e cultural equivalente?

 

 

Assim, no mundo global no qual já vivemos, as oportunidades se abrem para aqueles que forem capazes de conquistar seu espaço próprio, se forem competentes e culturalmente equipados, para se comparar com os cidadãos de outras nações. Um conceito que precisa permear a cabeça dos nossos jovens é que seus concorrentes no mercado não mais estão, e não estarão, dentro das nossas fronteiras. Para vencer no mundo do presente, e no do futuro, uma qualificação destacada vence no mundo e, sem dúvida, abre as oportunidades que cada um possa buscar!

 

 

Artigo divulgado em 29 de setembro de 2013 no jornal A Tribuna.